Entenda como funciona o registro de patente de produtos como esse
A empresa chinesa Xiaomi desembarcou no Brasil em junho de 2015 por meio de grandes parcerias, sendo que sua loja oficial era administrada pela B2W Digital, que também vendia aparelhos da marca pelas suas empresas, Lojas Americanas, Submarino e Shoptime. Os produtos da Xiaomi também eram comercializados pela Walmart, Webphones e CNOVA.
Em junho de 2019 a marca abriu sua primeira loja no Brasil, em São Paulo, no Shopping Ibirapuera – e aquele dia foi uma loucura com filas gigantescas e muito trânsito na região de Moema, bairro onde fica o shopping center. E, até então, a Xiaomi conta com filiais no Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador.
Agora, a marca apresenta sua mais recente inovação: um wearable de realidade aumentada que torna a união entre o mundo digital e real ainda mais simples e confortável. Trata-se de um produto que são óculos de realidade aumentada, mas que mais se parecem com óculos de sol.
Xiaomi inova e apresenta óculos de realidade aumentada que mais parecem de sol (Imagem: Startse)
A novidade do mercado se chama Xiaomi Wirelles AR Glass Discovery Edition (ufa) e foi apresentada no MWC 2023, evento sobre conectividade realizado em Barcelona (Espanha).
Infelizmente, não sabemos ainda o valor e quando estacionará aqui no Brasil. Mas, já dá para querer um… Olha só!
Basta parear pelo smartphone, assim como ocorre com os relógios da Xiaomi para medições de treinos de exercícios físicos, por exemplo.
O diferencial em relação a outras marcas é que o usuário poderá ver as imagens projetadas diretamente em seu campo de visão! UAU!
Calma que tem mais, ainda será possível assistir streaming pelos óculos! Isso mesmo, YouTube, Netflix, TikTok. E ainda há opção para tirar fotos e gravar vídeos, tudo isso em uma estrutura de apenas 126 gramas, como aqueles óculos de corrida profissionais de atletas que pesam quase nada! Se esses óculos lavarem louça e passarem aspirador de pó na casa ficaria perfeito, não é mesmo? He, he… Brincadeirinha!
PARA CHEGAR ATÉ AQUI – Você já parou para pensar o que a marca fez para chegar até aqui e lançar essa super novidade?
Quando nos beneficiamos de tantas tecnologias que facilitam muito nossas vidas (Waze, WhatsApp, aplicativos de bancos, entre outros), não paramos para refletir sobre a trabalheira que as empresas tiveram para nos entregar essas soluções.
Certamente foram dias e mais dias e noites e mais noites de desenvolvimento, pesquisa, testes, benchmarking, desenho de protótipos e tantos outros mil passos em processos e procedimentos afinados.
PARA NÃO PERDER TODO O ESFORÇO TEM QUE REGISTRAR A PATENTE DO PRODUTO
O setor global de wearables foi avaliado em US$ 61 bilhões em 2022 e a expectativa é de que evolua cerca de 14,6% ao ano de 2023 até 2030. Então, imagina só tamanho investimento da Xiaomi em tecnologia, tempo, esforços e não patentear o produto? Obviamente esse foi um dos primeiros passos da marca logo quando da ideia.
Silvia Martins, especialista em registro de marcas e patentes, explica: “É comum nos depararmos com pessoas que confundem o registro de marcas com o registro de patentes. Muitos acreditam que é preciso “patentear a marca” ou “registrar a patente”. Mas, não é bem assim. A patente, assim como o registro da marca, também é deferida ou indeferida pelo único órgão responsável por isso no Brasil, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual – INPI. Mas, a semelhança acaba por aí! Uma patente é um título, concedido pelo Estado, de propriedade intelectual sobre uma invenção ou um modelo de utilidade. Em suma, é o Estado dizendo que aquela invenção foi realmente inventada e não descoberta”, esclarece a empresária fundadora das empresas Martins&Fernandes Marcas e Patentes e Registre Fácil.
Portanto, é fundamental que as marcas registrem o quanto antes a patente de seus produtos e isso pode ser feito antes mesmo de o produto estar pronto para, justamente, garantir os direitos da empresa sobre aquele produto no caso de o item “vazar” e for copiado, por exemplo.
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