O problema está no brasão real. Entenda o caso

A monarca britânica, Elizabeth II, que morreu aos 96 anos em 09 de setembro, no Castelo de Balmoral, na Escócia, cumpriu 70 anos de reinado e deixou sua marca registrada.

O poder de sua marca é tão forte que sua morte gerou filas quilométricas para passar rapidamente por seu caixão; levantou discussões entre quem era a favor e contra seu reinado; causou comoção e revolta em quem não apoia seu legado; e também gerou um impacto em mais de 800 marcas que vão precisar mudar seus rótulos em alguns produtos.

Muitos departamentos de marketing certamente foram pegos de surpresa ao serem comunicados sobre a necessidade de mudar o logotipo de alimentos e bebidas.

Para Silvia Martins, especialista em registro de marcas e patentes e fundadora das empresas Martins & Fernandes Marcas e Patentes e Registre Fácil, o impacto de uma mudança de identidade visual é muito grande para uma empresa. “Mudar um logotipo que já tem sua imagem consolidada no mercado não é fácil, as pessoas são apegadas a imagens que estão acostumadas a ver há anos. Além disso, as empresas contam com um trabalhão de criação de um novo logo e precisam fazer uma atualização do registro de marca daquele logo, fora todo o processo de convencimento do público-alvo para aceitar a nova imagem”, explica a empresária.

Até a Coca-Cola e o ketchup Heinz não escaparam da repaginação de sua identidade visual (Imagem: Divulgação Heinz)

O que ocorre é que mais de 800 marcas utilizavam em suas imagens certificados reais (da realeza) e perderão o direito sobre o Royal Warrant, documento que autoriza o uso do brasão real nos rótulos para que produtos e serviços possam ser fornecidos à coroa britânica.

O mandado real que traz o brasão da família britânica é concedido como reconhecimento a pessoas ou empresas que forneceram regularmente bens ou serviços à família real, assim, as marcas terão que retirar dos rótulos de seus produtos o brasão da rainha Elizabeth II.

Entre as marcas com o impedimento estão: Heinz, Bollinger, Cabdury, Coca-Cola, Martini, Johnnie Walker, entre outras.

Mas, é fácil só retirar, não é mesmo? O designer gráfico e diretor de artes e criação da ACTA Comunicação Integrada, Tatá Muniz, explica que não é tão simples assim: “Quando você exclui um elemento de uma identidade visual, é necessário redesenhar aquele layout para que os demais elementos se encaixem novamente, para que haja harmonia entre o todo. Às vezes a retirada de um elemento gráfico faz com que seja necessária uma disposição totalmente diferente para o novo logo. E então, é necessário aplicar em todos os produtos, em diferentes tamanhos”, explica o profissional de criação e artes.

Mas, nem tudo está perdido, as marcas que quiserem manter a realeza em seus produtos e serviços precisarão passar por uma espécie de processo seletivo real para obter novamente o direito de usar o brasão.

E não são só alimentos e produtos, há empresas de prestação de serviços, como no setor de tecnologia, grifes de moda, carros de luxo etc.

Silvia Martins explica que essas empresas impactadas pela morte da Rainha Elizabeth precisarão contar com apoio jurídico. “Quando falamos de registro de marcas e patentes, é muito importante ter um respaldo de um advogado especializado na área e na Inglaterra não será diferente, será preciso que a área jurídica estude as regras do processo de avaliação para atender, perfeitamente, a todos os requisitos”, finaliza a especialista.

O acompanhamento de uma empresa especializada em marcas e patentes é fundamental para o sucesso e deferimento dos pedidos feitos no Brasil e fora do País.

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Um abraço e bons negócios sempre!